quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cárie Dentária

O QUE É CÁRIE DENTÁRIA?

É uma doença transmissível e infecciosa de origem bacteriana. As bactérias que se encontram normalmente na boca transformam os restos de alguns alimentos em ácidos; tais ácidos, (lático, acético, butírico, propiônico, etc) formados por um processo de fermentação, atacam os tecidos mineralizados do dente.
Ela tem alta prevalência que atinge a quase totalidade das pessoas, independentemente da raça, sexo, idade ou condição social. Tratando-se de uma doença ubiquitária, embora com grandes variações geográficas, a cárie dentária influencia desfavoravelmente a saúde geral do indivíduo ao diminuir a função mastigatória, alterar o desenvolvimento e a estética facial, provocar perturbações fonéticas, causar dor e originar complicações infecciosas com repercussões locais e gerais, causa de absentismo, falta de produtividade e até de bem-estar emocional, tendo repercussões sociais e económicas importantes

COMO SE PEGA?

É necessário ter alguns cuidados com as crianças nomeadamente nunca envolver a chupeta com açúcar, nunca colocar açúcar ou mel no leite, nunca deixar a criança com o biberão de leite adoçado durante toda a noite porque durante o sono a criança tem uma menor secreção salivar, menores mecanismos fisiológicos de limpeza ativos levando a uma contínua desmineralização da estrutura dentária resultante da produção de ácidos provenientes dos açúcares.
Fique atento, pois a cárie é uma doença contagiosa e pode ser transmitida pelo beijo, especialmente nos bebês. Esta é chamada de cárie rampante. Ela se propaga não só através do beijo, mas também pelo uso da colher da criança e até por assopro no alimento.
Cabe à mãe ou a qualquer outra pessoa que cuide da criança ter o conhecimento de como se dá a transmissão da cárie, e a responsabilidade de evitá-la.

COMO ELA SE DESENVOLVE?

A parte exterior do dente está coberta por uma camada dura de esmalte, cuja função é proteger os dentes de qualquer agressão externa. Quando esta camada desaparece progressivamente, deixa de proteger a dentição e permite aos germes presentes na boca atacarem os dentes. O interior é macio e contém nervos e vasos sangüíneos. As cáries são produzidas quando a decomposição atravessa o esmalte e chega à cavidade interior do dente. Sente-se dor extrema quando a decomposição atinge o nervo. As cáries não são perigosas quando tratadas corretamente. Deixar um buraco no dente e o nervo exposto pode provocar uma infecção e até mesmo a perda do dente. Uma infecção não tratada invariavelmente chegará à raiz e ao osso, provocando um abscesso.
Do ponto de vista anatômico e microbiológico, existem vários tipos diferentes de cáries:
  • cáries em depressão e fissura,
  • cárie de superfície lisa,
  • cárie da raiz e
  • cáries na dentina profunda.

 Um dente propenso à cárie é aquele que tem relativamente pouco flúor, orifícios pronunciados ou fissuras que retêm a denominada placa bacteriana (depósitos de bactérias que se acumulam nos dentes). Embora a boca contenha grande quantidade de bactérias, só algumas causam a cárie, sendo o Streptococus mutans a bactéria mais comum.
A cárie desenvolve-se de maneira diferente, segundo a sua localização no dente. A cárie da superfície lisa é a de desenvolvimento mais lento e constitui o tipo mais evitável e reversível. Neste caso, a cavidade inicia-se como um ponto branco onde as bactérias dissolvem o cálcio do esmalte. De um modo geral, é entre os 20 e os 30 anos de idade que começam as cáries da superfície lisa.
Normalmente, é por volta dos 10 anos de idade que começam as cáries de orifícios e fissuras nos dentes permanentes. Forma-se nas estrias apertadas da superfície mastigatória dos molares ao lado da bochecha e é um tipo de cárie que avança rapidamente. Muitas pessoas não conseguem limpar adequadamente estas áreas propensas à cárie porque as estrias são mais apertadas do que as cerdas da escova de dentes.

A cárie da raiz começa na camada de tecido ósseo que cobre a raiz , quando esta fica exposta pelo retrocesso das gengivas. Em geral, afecta pessoas de meia-idade ou mais velhos e, muitas vezes, a causa deste tipo de cárie reside na dificuldade em limpar as áreas da raiz e no alto conteúdo de açúcares da dieta. A cárie de raiz pode ser a mais difícil de evitar.
É lento o avanço da cárie no esmalte (a camada externa e dura do dente). Depois de penetrar na segunda camada do dente, mais suave e menos resistente, denominada dentina, a cárie estende-se rapidamente e avança para a polpa dentária, tecido com numerosos nervos e vasos sanguíneos, que se encontra no mais profundo do dente. Embora uma cárie possa levar entre 2 e 3 anos a penetrar no esmalte, num só ano pode passar da dentina à polpa e inclusive afectar uma área muito maior. Por isso, a cárie da raiz que se inicia na dentina pode destruir em pouco tempo grande parte da estrutura do dente.

PREVENÇÃO

·        Escovar corretamente os dentes, massageando as gengivas, usando pastas dentais com flúor após as refeições (se tiver alergia ao flúor , procure um creme dental com menos fluoreto, ou com outro tipo do composto, como o MFP ou o Fluoreto de Cálcio, ou ainda diminua a quantidade de creme
·        Use o fio dental após as refeições e principalmente antes de dormir. O fio dental remove os restos de comida e a placa bacteriana nos locais onde a escova não chega.
  • Evitar o consumo freqüente de bebidas ou alimentos açucarados, principalmente aqueles que agridem os dentes, como os refrigerantes; se o consumo excessivo de açúcar não pode ser evitado, procurar fazê-lo logo após as refeições, escovando os dentes logo de imediato.
  • Não escove os dentes logo após o consumo de refrigerantes, como os mesmos "retiram" o esmalte, a escovação pode acabar desgastando-o. Espere pelo menos 15 minutos. (Cuidado! o pH da placa começa a cair após 5 minutos da ingestão de sacarose).
  • Deve-se procurar o dentista ou o higienista oral pelo menos uma vez a cada 6 meses; este poderá detectar inícios de cáries e dar orientações quanto às técnicas de escovagem, uso de flúor, etc

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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